Hospital usa a metodologia DRG para melhorar seus resultados assistenciais e econômicos e a qualidade da informação clínica é fundamental para que o método funcione.
O Sistema Único de Saúde (SUS) é reconhecido como uma das principais políticas sociais do Brasil. Mas, ainda existem inúmeros desafios para obter, em âmbito nacional, resultados de qualidade em especial na atenção hospitalar.
Entre as questões que inquietam o setor estão: Como ampliar o acesso à assistência à saúde garantindo a desejada qualidade para a população? Como fazer isso com os recursos existentes?
As respostas para estes e outros questionamentos podem estar na transformação dos dados e informações gerados na assistência à população em conhecimento capaz de gerar melhores resultados e de forma eficiente.
O uso da metodologia de Grupos de Diagnósticos Relacionados (DRG, do inglês Diagnosis Related Groups) é uma estratégia para superar desafios da atenção hospitalar no campo da saúde pública no Brasil.
O que é a metodologia DRG?
Um DRG é uma combinação de condição clínica que determinou a internação, complicações e comorbidades associadas, cirurgias e outros procedimentos, idade e outras variáveis. Pacientes alocados em um mesmo grupo de DRG possuem atributos clínicos e de risco similares, que irão determinar um consumo de recursos hospitalares também similar.
Assim, cada categoria de DRG é um “pacote”, clínico ou cirúrgico, que traz a quantidade de recursos necessários para cada tipo de tratamento hospitalar (materiais, medicamentos e diárias) bem como os resultados assistenciais esperados, incluindo mortalidade e complicações associadas ao tratamento. O método estimula a redução de desperdícios assistenciais uma vez que prevê, para cada paciente, os gastos necessários para o tratamento adequado e seguro.
Uso da metodologia DRG no SUS
O uso da metodologia DRG no SUS está cada vez mais em pauta no governo por proporcionar diversos benefícios, entre ele: o DRG permite que os custos dos procedimentos e tratamentos sejam padronizados, o que contribui para uma maior transparência e previsibilidade nos gastos de saúde; com o DRG é possível direcionar recursos de forma mais precisa, concentrando-os nos procedimentos mais necessários e relevantes para cada grupo de pacientes.
Para que o uso do DRG seja bem-sucedido a qualidade da informação clínica é fundamental, e é aí que entra o papel dos Analistas de Informação em Saúde. São esses profissionais que tem a responsabilidade de revisar os prontuários médicos e atribuir os diagnósticos e procedimentos corretos de acordo com a metodologia DRG.
O Governo de Minas Gerais está incentivando a adoção da metodologia DRG por meio do projeto OtimizaSUS, vinculado ao Módulo Valor em Saúde da Política de Atenção Hospitalar do Estado de Minas Gerais – Valora Minas. Um dos eixos do OtimizaSUS é o fomento à utilização da Metodologia de Grupo de Diagnósticos Relacionados (DRG). 144 hospitais de Minas Gerais estão contemplados no projeto – ou seja, essas instituições têm direito a uma verba pré-definida pelo governo para contratar a metodologia DRG e cursos relacionados ao tema.
A parceria QualificaSUS é a união de oito empresas com expertise no mercado de saúde nas diversas frentes de atuação, e atua na oferta de uma solução completa e segura aos hospitais contemplados no Projeto OtimizaSUS. São produtos e serviços para atender os dois eixos do OtimizaSUS: o primeiro com foco na implementação da metodologia de grupos de diagnósticos (DRG) e o segundo voltado para a Gestão de Custos (Programa Nacional de Gestão de Custos PNGC). As empresas integrantes da parceria QualificaSUS são: a Central dos Hospitais de Minas Gerais com apoio da Federação Unimed Minas, o DRG Brasil, a Pós-graduação da Ciências Médicas, a Faculdade Unimed, a Organização Nacional de Acreditação, a Sociedade Brasileira de Analistas de Informação em Saúde (SBAIS) e a Planisa.
Sobre a Certificação Hospitalar em Codificação Brasil – (CHC-B™)
A Santa Casa BH é dos sete hospitais com atendimento 100% da capital mineira que usa a metodologia DRG. A instituição contratou as capacitações “Curso Avançado em Codificação e Análise de Informações em Saúde na Metodologia DRG” e o “Curso Preparatório para Certificação em Proficiência Codificação Hospitalar”, da Parceria QualificaSUS, para sua equipe de Analistas de Informação em Saúde.
A segunda qualificação, desenvolvida pela Sociedade Brasileira de Analistas de Informação em Saúde (SBAIS), prepara os alunos para a Certificação Hospitalar em Codificação Brasil – (CHC-B™), validada pela instituição norte-americana AAPC – a maior formadora e certificadora de profissionais especializados em codificação de saúde e de qualificação de documentação clínica dos Estados Unidos.
No dia 3 de agosto, às 19h, no Salão Nobre da Santa Casa BH aconteceu a cerimônia de formatura e a entrega de certificado para os Analistas de Informação em Saúde da Santa Casa BH. A cerimônia contou com a presença dos vice-presidentes da AAPC, Daniel Schwebach e Gregg Hatch, da diretora científica da SBAIS, Paula Balbino Daibert.
“O papel e o trabalho dos Analistas de Informação em Saúde é cada vez mais importante para as organizações. Quem recebeu essa certificação tem que sentir muito orgulho, pois se tornar membro da AAPC significa estar entre melhores dos melhores em codificação em saúde do mundo”, diz Gregg Hatch.
Para Paula Daibert completa que “essa certificação em codificação hospitalar é muito reconhecida em todo mundo. O fato de a Santa Casa BH ter usado o recurso do Valora Minas para contratar o curso oferecido pela parceria QualificaSUS para qualificar seus Analistas de Informação em Saúde foi um grande passo. A instituição vai se beneficiar de um ótimo banco de dados, excelentes resultados e vai conseguir tomar decisões ainda mais assertivas. O objetivo final de tudo isso é que o nosso sistema de saúde seja cada vez mais qualificado e o paciente receba a assistência que ele merece, com muito valor.”
Os Analistas de Informação em Saúde e seus familiares presentes ficaram orgulhosos com a conquista da certificação. “Hoje comemoramos o resultado de um trabalho e de muito esforço. Estou muito alegre em poder alcançar esta certificação tão importância e somar a nossa atividade diária. Vai agregar muito aos resultados da nossa equipe”, comemorou Ana Paula da Silva, supervisora da equipe do DRG na Santa Casa BH. O curso agregou bastante e contribuiu muito com a nossa codificação. Agora podemos prestar uma assistência de qualidade melhor ao paciente e fazer um melhor giro dos leitos”, disse Maria Luísa Nunes do Vale – Analista de Informações em Saúde do DRG da Santa Casa BH.
Além de Gregg Hatch, Daniel Schwebach e Paula Balbino Daibert, estiveram presentes na cerimônia de entrega do certificado o diretor de Planejamento, Governança e Jurídico da Santa Casa BH, Dr. João Costa; o gerente de Planejamento, Projetos e Orçamento da Santa Casa BH, Isaque Costa; a presidente da SBAIS, Camila Silveira; o cofundador do DRG Brasil, Renato Couto; o diretor Geral da Feluma, Flávio Amaral; o diretor administrativo financeiro da Faculdade Unimed, Márcio Barbosa e Valéria Pinto Fonseca, auditora, representando a Secretaria do Estado de Minas Gerais.
Na foto, Daniel Schwebach, Camila Silveira, Paula Daibert e Gregg Hatch.
Na imagem, Gregg Hatch, vice-presidente da AAPC, entrega certificado para Ana Paula da Silva, supervisora da equipe do DRG na Santa Casa.
Crédito das Imagens
Destacada: Divulgação/Grupo Santa Casa BH e SBAIS
Imagem 1 e 2: Divulgação/Grupo Santa Casa BH e SBAIS
Texto: reprodução Parceria QualificaSUS